sábado, 2 de abril de 2011

O Existencialismo como Estratégia

O recurso de James Ogilvy, onde se faz a comparação do existencialismo com as questões estratégicas, começa com a conclusão de um comportamento humano cada vez menos previsível, extraindo a conclusão que os consumidores descobriram a liberdade existencial. Da economia da necessidade, estável, passámos para a economia, "reino da liberdade".

Para James Ogilvy, enquanto a velha economia recorria a estratégias construídas por engenheiros de acordo com as "leis da necessidade", a nova economia, de futuro variável e imprevisível, faz emergir uma estratégia existencial à medida de uma "vida", que se afigura estranha para as organizações. Os instrumentos estratégicos tem agora de acomodar-se à incerteza, sendo que uma economia existencial obriga a uma estratégia existencial - sendo que a filosofia existencialista é aquela que vinca a importância e robustez da escolha individual.

Breve nota para acrescentar que a trilogia, "Os caminhos da liberdade", de J.Paul Sartre, livro que me marcou na minha adolescência, tendo sido um marco na minha descoberta do existencialismo - chama à colação esta linkagem do existencialismo, à estratégia existencialista e aos seus 5 princípios: a finitude (nas escolhas), "o no one is too big to fail,...", a definição precisa de interesses, "o passado, as experiências, o core", a reinvenção do futuro.

Num tempo de crise - estratégica? - nacional é bom de ler o "taking charge of our own future" como o sentido existencialista que pode promover uma nova estratégia existencial ganhadora. Afinal, a estratégia passa sempre por uma abordagem de liberdade de escolha!

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