segunda-feira, 9 de maio de 2011

Reflexões sobre o Enquadramento Teórico - Conceptual de Projectos de Dissertação

Não há dúvida, pela experiência que nos advêm de exercícios de enquadramentos teóricos - conceptuais de Projectos de Investigação, que restringir a temática de Projectos de Investigação é necessário mas (e há sempre um mas!), mesmo a restrição fica refém de um conhecimento alargado e apriorístico do dejá adquirido. Isto sob pena: dos trabalhos de investigação serem apenas uma confirmação desinteressante do já existente; do tempo (o tempo será sempre um nosso amigo?)... dado que parece inviável um trabalho de investigação com interesse sem capacidade, direito de regresso e reorientação do caminho; o problema da população e a real possibilidade do nosso acesso a uma representatividade com fiabilidade.

Tentar responder a uma tese de investigação «porque crescem uns países mais que outros» parece não estar à mão do sucesso de um investigador (já amaciado pela tentativa e erro para a humildade, retornado à terra e temporalmente assediado). A nossa tendência para as investigações grandiloquentes e abrangentes fazem-nos esquecer que, possivelmente antes de respostas a problemas macro, seria talvez de bom senso para o sucesso o conhecimento do mundo micro (este aspecto do foco faz-me recordar os "grandes economistas" da nossa praça tentando responder sempre aos problemas da vida e da economia real através de meras aproximações macro. Esquecendo que, possivelmente, é na análise micro dos problemas que estão as respostas finas e eficientes para problemas que se adensam e acinzentam nos grandes agregados - mais um parêntesis para afirmar como me pareceria vantajoso o economista de empresa, à frente dos destinos económico - financeiros em detrimento do economista monetário sem moeda!). Nestes tempos de investigação e ciência, resta perguntar como foi possível poucos ou nenhuns se terem levantado sobre os limites (que pareciam incompreensivelmente inexistentes e infinitos) do endividamento?

Relativamente à resposta ao «porque crescem uns países mais que outros» já a investigação sobre «é a corrupção uma variável restritiva do crescimento?» me parece muito mais fazível ou factível, realista e tão inexoravelmente presente. E isto remeter - nos - ia para a ética e responsabilidade social nos negócios públicos e privados.

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