sexta-feira, 15 de abril de 2011

Será que, a maior parte das organizações, concebem e utilizam ferramentas para identificar as competências que necessitam de desenvolver?

Penso que não, que uma parte substancial das organizações (pelo menos no "rectângulo" e dado o perfil maioritário de PME's ) não tem em devida conta a identificação de competências (pelo menos em alguns níveis da organização), que permitiria maior adequabilidade através da formação e o redireccionamento táctico emanado do plano estratégico director.

Em primeiro lugar por inexistência de um plano estratégico que direccione a sua visão estratégica e pela sua insuficiente massa crítica. Dado que é através de uma combinação maximizada de recursos que a empresa pode prover o seu futuro, a análise extensiva e pela rama das competências "encalha", assim, na própria falta de planeamento e desenvolvimento estratégico da grande maioria das empresas de menor dimensão.

Por outro lado a própria qualidade da gestão e do próprio perfil produtivo das PME's, assentes, até à expansão recente da globalização e da abertura dos mercados a Oriente, em modelos de organização científica taylorista's ou fordiano's do executar o definido, do saber-fazer dos esquemas operatórios elementares, da repetição, da simplicidade dos processos, da exigência uni dimensional e não dos modelos baseados em economia do conhecimento, em que se exige "ser actor", saber agir, complexidade e a tal exigência pluridimensional do agir interactivamente (Maria J. Sousa, 148). Aliás a própria "tradição" do recrutamento de mão de obra com limitação recorrente de candidatos acima dos 35 anos, é indiciadora de organizações de baixíssimos perfis (a situação começa finalmente a alterar-se, no tecido tradicional, com a necessidade de sobrevivência colocada pela duplicidade e confronto com geografias de custos de produção baixos versus geografias de inovação e altas produtividades).

Sem comentários:

Enviar um comentário