segunda-feira, 2 de maio de 2011

Carteiras de Activos: Betas, Portóflios de Activos Financeiros e Co-Variâncias

Considerando a utilidade do Beta, para estimar a rendibilidade esperada de um activo financeiro é preferível utilizar o Beta de mercado ou o Beta sectorial?
A utilização do Beta, indicador de risco, parece quedar-se a nível de preferência pela utilização de um Beta médio construído "em cima" de empresas que comparem em termos de risco de negócio e alavancagem operacional. Alguns autores como COPELAND, KOLLER e MURRIN sugerem mesmo a utilização de um beta sectorial global -  preferibilidade e vantagem pela especificidade do sector em concreto.
Na construção de uma carteira de activos financeiros deve-se privilegiar os rendimentos esperados ou a redução da variância da carteira?
A construção de uma carteira de activos financeiros "tem em conta" as características das oportunidades sob risco.
No retorno esperado de um investimento, o investidor despido de aversão ao risco procuraria uma variância baixa dos seus activos que lhe desse alguma certeza que iria obter o retorno esperado. Percebe-se, também que a posse de um portfolio com um conjunto de activos promove uma redução do risco se esses activos não "se moverem em uníssono perfeito".
Em face de dois activos e da incerteza espectável dos seus resultados e como explanado no capítulo IV do (portfolio analysis:49), os investidores preferem os activo que lhes dêem um retorno médio expectável (retorno esperado) superior e dentro destes os com mais baixa variância (menor probabilidade de risco). Como referido, a escolha é razoável (diria, é racional), dado que quanto mais baixa a variância mais certeza o investidor tem que obterá o retorno esperado e menos terá de se "preocupar" com baixos retornos.          O trade-off entre rendimentos esperados e a redução da variância da carteira, parece estar assim nas mãos dos investidores e na sua maior ou menor aversão ao risco face a um portfolio (de activos) de incertezas e probabilidades de possíveis resultados. Depende, assim,  do perfil de risco do investidor. A afirmação seguinte é a que define aparentemente melhor aquilo que se pretende de um portfolio: "a rentabilidade máxima de um dado risco, ou o risco mínimo para um valor esperado dado...".
Aparentemente também na construção de uma carteira de activos financeiros o privilegiar dos rendimentos esperados ou a redução da variância da carteira (independentemente de se privilegiar a maximização dos rendimentos) depende do perfil de risco assumido pelo investidor.
Será uma co-variância muito negativa suficiente para incluir na carteira activos financeiros com forte variância?
Exemplos com a utilização de forwards, swaps ou outros instrumentos de diminuição de risco cambial parecem demonstrar que a introdução de um activo com uma covariância muito negativa pode, se não houver uma correlação forte, agravar o risco.
Activos com covariância negativa por terem movimentos opostos equilibram a carteira mas não necessariamente em proporções perfeitas. «Duas variáveis que estão perfeitamente correlacionadas positivamente (r=1) movem-se essencialmente em perfeita proporção na mesma direcção, enquanto dois conjuntos que estão perfeitamente correlacionados negativamente movem-se em perfeita proporção em direcções opostas.»
Nota: estas três perguntas e respostas fazem parte de um exercício de reflexão académico, pelo que estão sujeitas a melhor juízo.  

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