segunda-feira, 2 de maio de 2011

Alianças para a Inovação: Aprender com os Mercados

Se Aprender com os Mercados na Gestão da Inovação é importante dado que inovação sem mercado parece ser mais invenção, é óbvio que num quadro de aceleração dos mercados - e de funcionamento da sociedade global em rede - a aprendizagem com as Alianças, de modo cooperativo, é também vital para as empresas que se pretendem inovadoras. A questão mais importante que se pode colocar é a do porquê das empresas cooperarem em questões de inovação. A resposta, segundo Tidd (Tidd: 208) parece estar na: redução dos custos (do desenvolvimento tecnológico); na redução dos riscos; na obtenção de economias de escala; redução do tempo de desenvolvimento e comercialização de novos produtos. Parece claro que qualquer destes elementos joga a favor da cooperação mais a mais num tempo acelerado onde a inovação parece vir maioritariamente por via sustentada e não disruptiva. Como nenhum homem é uma ilha também, como por extensão diz Tidd, nenhuma empresa sobrevive como se fosse uma ilha.

A segunda questão que se pode colocar é o tipo de cooperação a abraçar, tomar a decisão de comprar ou "fazer" tecnologia sendo que dois tipos de factores parecem ter de ser tomados em consideração: os custos envolvidos da transacção e as implicações estratégicas da decisão. Relativamente aos dois parece, entretanto, não serem os custos os mais relevantes já que o efeito da contratação externa de tecnologias pode limitar opções tecnológicas futuras e por via disso a prazo a competitividade. Vantagens competitivas, expansão do mercado, portfólio extenso de produtos parecem ser assim e na óptica de Tidd (Tidd:210) mais importantes. Por outro lado é indubitável que inovar tecnologicamente caracteriza-se por incerteza na realização, no desempenho e na antecipação pela concorrência, sendo que a ela se podem juntar mais incertezas na falta de conhecimento do mercado geográfico e/ou do produto. Assim, a cooperação tem também este motivador acrescido: a diluição ou diminuição da incerteza!

Para terminar, dois aspectos. O primeiro, e dado a natural tentativa de diminuição de custos do processo de inovação, trocas de tecnologias caracterizam escolhas de parceiros do negócio. A escolha do parceiro é assim para Tidd tão importante como a escolha da tecnologia. O segundo, os riscos potenciais da cooperação: fugas de informação; perda de controlo ou posse; alvos e objectivos divergentes, sendo que neste caso o produto resultante mais provável é o... conflito!

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