sábado, 30 de abril de 2011

Elasticidade, Movimentos e PPC: Procura, Produção e Custos


Estando nós sob o domínio do PPC (pensavam que era outra coisa, seus malandros!) Procura, Produção e Custos, procurei delimitar esta primeira intervenção à “Procura”, mesmo que sob o olhar e a intromissão dos “Custos”. Um dos aspectos interessantes em economias muito intervencionadas tem a ver, com a estimação da sensibilidade dos consumidores parecer ser desviada, da esfera da responsabilidade das empresas, para a esfera da responsabilidade indirecta dos Estados. Estou-me a lembrar agora, por motivos óbvios da hipersensibilidade própria à nossa conjuntura, de como a estimação dessa sensibilidade se ter, quase sempre, operado nos últimos anos mais por influência de aumentos induzidos por decisões governamentais, do que por decisões próprias. O estudo do impacto das variações de preços já nem necessitou de experiências limitadas, pois a mãe de todas as experiências tem decorrido quase sempre das subidas de preços impostas por via do homónimo de género masculino do termo “impostas”: os impostos.

O efeito destas medidas, "mães" impostas de todas as experiências, nem já ao nível macroeconómico parece terem tido o efeito dos "patriots" - já nem falando das consequências a nível da economia das empresas. Na "minha empresa", as preferências dos consumidores, muito impelidas por via de substituição geracional, têm evoluído de forma positiva. A rentabilidade do sector, indicador efeito daquilo que designaria por procura de mercado no sector, procura de mercado e da empresa - e a própria elasticidade da procura das empresas - tem-se mantido "mais coisa ou menos coisa", ou seja mais qualidade, atractividade, marketing... dentro do sector - maioritariamente e de certa forma segura e "acolchoada", pela alteração e afirmação paulatina da determinante "gosto" (num sector aparentemente muito sujeito a flutuações da procura por via dos preços). O movimento da curva da procura, cada vez mais a fugir para o quadrante da direita, tem sido elemento minimizador do receituário recorrente dos governos. A subida dos preços, impelida pelos custos do contexto, têm sido “equilibrados” pela “ditadura” da saúde (num movimento de substituição racional de “bens dolorosos” por bens preventivos), da imagem e dos gostos. Os preços no "meu mercado" são, por outro lado, também preços sujeitos à democrática concorrência, por via daquela mão invisível, mãe legítima em face de todas as madrastas reguladoras. Os preços, assim, do sector, muito “democraticamente?” sujeitos a custos de grande inelasticidade (ou não fossem os custos de produção sujeitos à ditadura dos grandes e vitais sectores monopolistas, alguns dos quais se tivesse havido visão estratégica de médio, longo prazo, seriam hoje “meninos” para “acolchoar” o défice) fazem que a elasticidade procura de empresa esteja por fios de quase pormenor, fazendo do sector um sector de concorrência muito dependente da insensibilidade, mesmo que racional, do “peixe” graúdo.

No último ano fui beber a "Fontes" uma frase que me ficou gravada na memória e que passou a fazer parte do meu aprendizado: "a generalização é a arma dos ignorantes". Faço menção a este episódio caseiro, que me marcou positivamente, por encontrar em Mata e na sua elasticidade de curto e longo prazo uma generalização, mau grado o termo “normalmente” (Mata; pág.64), que não tem correspondência (pelo menos se abstraído) no sector onde tento usar dessa “nova arma” investigatória que dá pelo nome de falsificacionismo. Menos alternativas disponíveis no curto prazo que no longo prazo? Procura menos elástica no curto que no longo prazo? Ou essa relação estará dependente de um contexto de mais concorrência ou mais oligopólio/monopólio? Finalizo dizendo que o sector de que me apropriei foi o tão badalado sector… dos ginásios e afins.

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