sexta-feira, 29 de abril de 2011

Equilíbrio Geral e Parcial: entre a Micro e a Macro


Do mesmo modo que o estudante tem de equilibrar a consciência que nunca nada sabe, com a insustentável leveza da forma lúdica de aprender - afinal estudar não tem que ser feito de uma forma formalmente chata - o gestor tem de saber que tem de se balancear entre alguns conceitos: o da economia positiva versus economia normativa, o do equilíbrio parcial versus equilíbrio geral, o da microeconomia versus a macroeconomia. Sendo eu ainda produto de uma fornada onde o gestor e o economista se cindia num tronco comum, considero que o gestor não pode ser apenas um intérprete do mercado parcial, mas um dominador de todo o outro tipo de opções como a monetária, a fiscal, a orçamental, conhecimento desse mercado global dos grandes agregados que lhe baliza as opções de política estritamente empresarial. Ou não tem o gestor hoje que ter capacidade para influenciar questões estratégicas como a política energética que lhe coarta quantas vezes as opções de estratégica concorrencial empresarial?

Tem de dominar, assim, alguns postulados económicos e conhecer os mapas simplificados da realidade, os modelos económicos, da economia positiva, nomeadamente os tradicionais modelos da oferta e da procura onde mais preço, menos preço, mais quantidade, menos quantidade, mais atomização de mercado, menos atomização de mercado, mais oligopólio, mais monopólio, (mais) equilíbrio, ou equilíbrio inexistente, mais preço único, ou mais preço diferenciado, são ponto de partida para tomada de decisões. A abertura casuística do livro de Mata, pág.32, dá-nos uma noção exacta de um simples exemplo das coisas que o gestor deve saber sobre o mercado, e cito:
" a existência de um salário mínimo... superior ao salário que equilibra o mercado...faz com que existam pessoas que, estando dispostas a trabalhar pelo salário mínimo, não encontram emprego a esse salário". 
A nossa realidade confirma esta percepção - independentemente de sabermos que o salário mínimo é baixo face à sustentabilidade de vida - através de todo o tipo de mecanismos perversos de equilíbrio que gera, como sejam a fuga em frente para os subsídios - quantos vezes dados a quem realmente não necessita, e o seu contrário - e os mecanismos que criaram os denominados... Precários!

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