sexta-feira, 3 de junho de 2011

Erasmus e Globalização Económica

Quem conhece o Erasmus sabe que este programa terá efeitos significativos no futuro Europeu, com a criação de uma maior consciência do espaço e real sentido de pertença. Outras políticas começam também agora a ser delineadas no referente à criação de maior mobilidade do factor trabalho, resultado indirecto da globalização. Movimentar bens, capitais e ideias sem criar verdadeira mobilidade de trabalho e de recursos humanos é criar ineficiências e constrangimentos aos benefícios dos espaços agregados.

A intramobilidade desses espaços a nível da mobilidade laboral, sendo característica de áreas económicas óptimas, funciona como verdadeira válvula de escape da polaridade. Estou a lembrar-me até como os pais fundadores desta União invectivarão os seus descendentes por não perceberem (ou não terem coragem política) que uma meia construção da Europa, se serviu os interesses da criação paulatina deste projecto, é hoje (mais a mais com a globalização) fautor de animosidade e perigo real para a sua continuação. O medo da Federalização pode ter como contraponto a ira pela percepção da desigualdade e da divergência de um projecto com um edifício meio acabado (quase ninguém em Portugal percebe políticas fiscais diferenciadas em taxas com a Espanha como exemplo).
Aspecto fundamental é, também, o da flexibilidade laboral. Num momento de suicidas greves da CP e de anúncio da Tap (e da sua sustentabilidade) é perceptível como a rigidez destas políticas tem actuado contra os próprios interesses do emprego e dos putativos acedentes a ele. A não implementação da flexisegurança como modelo que permitiria respostas rápidas e flexíveis das empresas concomitantemente com a salvaguarda da ética laboral, é um minus da resposta Europeia à globalização, que não se pode quedar por uma imitação de um liberalismo anárquico do mercado laboral.

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